quarta-feira, 18 de março de 2015

TEXTOS PSUEDO-ADULTERADOS DE ELLEN WHITE E A RESPOSTA DO PR. DEMÓSTENES

RESPOSTA DO PR. DEMÓSTENES AO QUE JAIRO CARVALHO APRESENTOU COMO SENDO ADULTERAÇÕES FEITAS NOS ESCRITOS DE ELLEN WHITE POR PARTE DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA:



ANÁLISE DO MATERIAL “TEXTOS ADULTERADOS - ELLEN WHITE”

Este texto é uma resposta a uma consulta sobre material que pretende demonstrar que alguns textos de Ellen White sobre a Trindade teriam sido modificados.

            Pessoas honestas têm sido influenciadas por escritos que se propõem a desmascarar o que chamam “os erros doutrinários” da igreja, entre eles, a doutrina da Trindade. A pedido de irmãos, várias respostas têm sido dadas a tais “pesquisas” que são muito repetitivas mudando-se apenas a autoria e a ordem das teses, mas reprisando os mesmos argumentos e idéias. Esta resposta ao material sobre os incorretamente chamados “textos adulterados - Ellen White” (daqui em diante “TEXTOS ADULTERADOS”) acerca da Trindade somente veio a público devido a uma solicitação específica de um membro de igreja. Esperamos que ajude a clarear a compreensão de outros que tenham sido de alguma forma iludidos pelo erro. Confiamos no Espírito Santo, substituto de Jesus, a Terceira Pessoa da Trindade, ou do Trio celestial, se alguns preferirem assim, que almas sinceras serão ajudadas.
            Passemos à resposta aos textos considerados por nós como adulterados, sim, mas pelo próprio autor do “TEXTOS ADULTERADOS”. Os textos em questão foram torcidos pelo autor para dar a impressão que lhe convinha e assim acusar a igreja. O material está repleto de frases de juízos e condenações contra a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), as quais iremos deixar de lado, pois, embora proibidas pela Bíblia, ele as repete cerca de vinte vezes no seu material. Que sua consciência lide com essa questão. Que a paz que parece não desfrutar, no seu ímpeto contra a igreja, possa ser alcançada algum dia.
 Passaremos imediatamente aos textos por ele apresentados:

TEXTO I
O texto do livro Evangelismo, página 616, conforme o próprio material:

"The Lord instructed us that this was the place in which we should locate, and we have had every reason to think that we are in the right place. We have been brought together as a school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper. He hears every word we utter and knows every thought of the mind." Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 / Manuscript 66, 1899 (grifos nossos)

Em negrito encontra-se o texto conforme selecionado para a compilação. Três aspectos devem ser colocados:
  1. Houve alteração do sentido com a publicação do destaque?
  2. A tradução do trecho em questão no livro Evangelismo está errada?
  3. Problemas de contextualização encontrados no “TEXTOS ADULTERADOS”.
Considerações:
Respondendo à questão “a”: Houve alteração do sentido com a publicação do destaque?
    • É óbvio que o destaque não alterou em nada o sentido do texto original, tanto no inglês como no português. Independente do contexto mencionado pelo autor estar ou não inserida em seu parágrafo original trata-se de uma referência direta e cristalina: “precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos”.
    • Este trecho em português, ao contrário do que o “TEXTOS ADULTERADOS” sugere, está dizendo a mesma coisa do inglês, mesmo considerando todo o parágrafo. O destaque não diminui e nem acresce sentido ao texto. A mensagem foi preservada. Não houve alteração como pretende e se esforça, sem sucesso o autor alegando que “We” (“nós” em inglês) em maiúsculas altere o sentido da declaração. Segundo ele, “we” deveria ser em minúscula, pois essa mudança levaria à alteração substancial da idéia no trecho. Isso até pode ocorrer em outros casos, mas não acontece aqui.
    • Infelizmente, no desejo de combater a Trindade (um só Deus - três pessoas, como se percebe na Bíblia), o autor, sim, é que cai no biteísmo, adoração de uma criatura junto com o Deus verdadeiro (coisa proibida pela Palavra de Deus). Triste é que ele não se aperceba de que acusa a igreja de crer o que ele defende: há mais de um Deus. Ele, sim, sai do mistério bíblico de um só Deus na Trindade e cai na heresia humana de dois deuses.
·         O próprio autor, lamentavelmente, cita vários textos de Ellen White nos quais a intenção clara é de demonstrar a personalidade divina do Espírito Santo como uma terceira pessoa e os cita tentando provar, exatamente o contrário do que está escrito.
·         Pior, ele insere uma conclusão que não está em lugar algum (pura invenção, portanto) de que o Espírito Santo em Evangelismo (616) seja Jesus.
·         Ele também esquece E TORCE as menções em seu próprio texto, nas quais, fica claro que Jesus e o Pai estão presentes na Terra pelo Espírito Santo e, sendo este uma pessoa divina, o Espírito é a presença do Pai e do Filho na qualidade de Sucessor e Representante Dele, ASSIM COMO a presença de Jesus na Terra era a presença do Pai. “Quem vê a mim, vê o Pai...” embora Jesus e o Pai sejam pessoas diferentes como ocorre com o Espírito Santo.
·         O “TEXTOS ADULTERADOS” toma a expressão “ninguém a não ser Cristo”, referindo-se a Jesus e esquece do contexto no qual está sendo usada e que o mesmo é dito do Espírito Santo no mesmo livro e na Bíblia tratando não de Jesus, mas de outro ser: o Espírito Santo. Destaco do próprio material: “[1] O Espírito Santo tem uma personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. [2] Deve também ser uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus”. Por que, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” MS 20, 1906. Evangelismo págs. 616, 617. (grifos nossos).
·         Uma terceira razão é que se examinarmos o texto bíblico citado (I Cor. 2:8-13) aí é que fica mais claro ainda (conforme o texto acima já deixa bem compreensível) de que se está tratando de seres pessoais e diferentes, pois Deus revela-se ‘através do’ ou ‘pelo’ Espírito (v.10) o qual ‘procede’ ou ‘vem’ de Deus (v. 12). Graças a Deus, pela clareza da Sua palavra!

  1. Quanto à questão “b”: A tradução do trecho em questão no livro Evangelismo estaria errada?
Aqui a causa do defensor do biteísmo se perde mais ainda. Vejamos:
  • Trecho inglês : “…we need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking through these grounds…”

  • Trecho traduzido pelo livro Evangelismo, 616: “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos”.

  • A idéia clara é: TUDO O QUE DEUS É COMO PESSOA, ISSO O ESPÍRITO SANTO TAMBÉM É. A tradução, portanto, está correta.
Talvez o autor dos “TEXTOS ADULTERADOS” desconheça que, ao contrário do português, o idioma inglês é pródigo no uso de pleonasmos. Tais repetições não são consideradas como corretas no bom português, daí a tradução não repetir a frase ao pé da letra. É preciso saber ler...
A conclusão primária, em Evangelismo, 616, e que desagrada alguns, é a personalidade do Espírito e em segundo lugar sua divindade, pois é comparado com Deus. Isso também é confirmado pelo texto que destaco do próprio autor, citando Ellen White:

“Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados”. No original inglês o texto usa “trio”, uma palavra mais forte do que trindade.

O texto (Evangelismo, 616) está dizendo que o Espírito Santo é uma pessoa da mesma forma que Deus é uma pessoa. A personalidade do Espírito é tão extensa, completa e real como a de Deus. Aqui o Espírito não é o Pai. Não se discute a questão se Ele é ou não é Jesus. A Bíblia já declara muito claramente que o Espírito Santo não é Jesus.

É bom lembrar que você blasfema contra o Filho e é perdoado, e, ao mesmo tempo, você blasfema contra o Espírito e não há perdão (Mat. 12:32). Aliás, a Bíblia diz “toda blasfêmia” (o que inclui também o próprio Pai) será perdoada, mas não a blasfêmia contra o Espírito Santo. Não podem ser a mesma pessoa, portanto. Também não se refere ao ministério dos anjos. Seriam os anjos em ação (seu ministério) mais santos do que o próprio Pai e Jesus?

  1. Quanto à questão “c”: Problemas de contextualização encontrados no texto.


  • O autor dos “TEXTOS ADULTERADOS” , como ele mesmo demonstrou, não consegue ler adequadamente, pois desconhece a gramática básica tanto do português como do inglês. Pior, ele não consegue lidar com contextos amplos, o que revela deficiência de compreensão. Para ele, quando uma citação usa palavras como “apenas” ou “único” está negando todas as outras possibilidades. Dessa forma ele não compreende que “ninguém a não ser”, “somente”, “apenas” e “único” ou similares podem estar sendo “apenas” e “único” naquele contexto sem excluir outras situações complementares ou mais amplas.
  • Ele toma, por exemplo, a declaração (ele cita Patriarcas e profetas, 36) de um determinado contexto em que se declara que “ninguém a não ser Cristo” podia penetrar nos conselhos do Pai, e daí deduz que, se a expressão acima foi usada nesse texto, isso significaria, na visão dele, que o Espírito Santo não poderia ter participado do mesmo conselho divino por causa da expressão “ninguém a não ser”. Não percebeu que a proclamação se dá por causa de Lúcifer versus Cristo. A ênfase é cristológica. O tema não é a trindade. É criatura versus Criador.
  • O autor do “TEXTOS ADULTERADOS” procura defender a idéia de que o Espírito Santo seja, ora Jesus, ora o Pai e às vezes ambos que estariam atuando através do ministério dos anjos. Se assim fosse, para que o esforço do autor em tentar provar que o Espírito não pode participar dos conselhos de Deus, mas “apenas” o Filho? Se o Espírito fosse, como na invenção do autor “o próprio Jesus” e não uma Terceira Pessoa à parte do Filho e do Pai, não haveria necessidade de provar que o Espírito Santo não pode, mas “apenas” Jesus pode saber os segredos de Deus.
  • Sem se aperceber a (i)lógica do autor é: Somente Jesus pode saber, mas o Espírito Santo (que ele diz ser também o próprio Jesus) não pode saber! Quando a passagem fala do Espírito Santo, então, para ele, não poderia ser uma terceira pessoa da divindade simplesmente pelo fato de Ellen White ter escrito que apenas o Filho sabe os segredos de Deus. Assim, ele pensa ser “impossível” haver a terceira pessoa junto ao Pai e o Filho, pois isso não seria permitido pela expressão “ninguém a não ser Cristo”. Argumento infantil, no mínimo.
  • Para desaprovar a (i)lógica das declarações do autor veremos citações que parecem declarar a exclusividade universal de um determinado ser, na Bíblia e em Ellen White, e que são usadas TAMBÉM para outros em OUTRO CONTEXTO, demonstrando uma exclusividade contextual apenas. Exemplos:

Exemplos bíblicos

1) Isaque era o único filho de Abraão, mas Ismael era filho também.
  • Então disse Deus: “Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei”.      Gên. 22:2
  • “Não toque no rapaz”, disse o Anjo. “Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho”.Gen. 22:12
Abraão teve outros filhos além de Ismael e Isaque (Gên 25:1-6).

2) Deus é o único que faz maravilhas:
  • Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único que realiza feitos maravilhosos. Salm. 72:18; 136:4.
Falsos profetas e Satanás também fazem maravilhas:
  • Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas  para, se possível, enganar até os eleitos. Mt 24:24
  • A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. II Tess. 2:9

3) O Pai é o único Deus verdadeiro.
  • Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Jo 17:3
Jesus também é o Verdadeiro Deus:
  • Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. I João 5:20

4) O Pai é o único soberano e Rei dos reis:
  • Guarde este mandamento imaculado e irrepreensível, até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que é imortal e habita em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e poder para sempre. Amém. I Tim 6:14-16
Jesus também é o único soberano e Senhor:
  • Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor. Judas 1:4
  • Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis”. Apoc. 17:14

5) Ninguém deve ser chamado mestre, pois só Jesus é mestre.
  • “Mas vocês não devem ser chamados ‘rabis’; um só é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. Mt. 23:8
Jesus mesmo chamou outras pessoas para serem mestres:
  • Para isso fui designado pregador e apóstolo (digo-lhes a verdade, não minto.), mestre da verdadeira fé aos gentios. I Tim. 2:7
  • Deste evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre.  IITim. 2:11
  • Por isso, eu lhes estou enviando profetas, sábios e mestres. A uns vocês matarão e
            crucificarão; a outros açoitarão nas sinagogas de vocês e perseguirão de cidade em    
            cidade.  Mt. 23:34
  • Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarcaa, e Saulo.Atos 13:1
  • Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas. I Cor. 12:28
  • E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres. Ef. 4:11

Exemplos em Ellen White

1) Jesus é o único representante da Divindade.
  • Cristo, unicamente, era capaz de representar a Divindade. Mensagens escolhidas, I, 264.

Os cristãos e o Espírito Santo também são  representante de Deus:
  • Os cristãos, que devem representar a Deus neste mundo, não devem procurar doutrinas que são novas e estranhas. Meditações matinais, 1992, 292.
  • Devem mostrar liberalidade cristã, compreendendo que representam a Deus, e que tudo quanto possuem é dádiva Sua. Carta 25, 1902. Conselhos sobre regime alimentar, 268.
  • Devemos ser representantes de Cristo, como Cristo foi representante do Pai. Meditações matinais, 1995, 336.

2) O Espírito Santo é o único mestre da verdade:
  • O Espírito Santo exalta e glorifica o Salvador. É sua missão apresentar a Cristo, a pureza de Sua justiça e a grande salvação que por Ele nos pertence. Jesus disse: "Ele... há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar." João 16:14. O Espírito de verdade é o único mestre eficaz da verdade divina. Caminho para Cristo, 91.
  • A pregação da palavra não é de nenhuma utilidade sem o auxílio do Espírito Santo; pois esse Espírito é o único mestre eficaz da verdade divina. Obreiros evangélicos, 284.
  •  
Pastores são mestres da verdade também:
  • Os que se põem diante do povo como mestres da verdade, têm que se haver com grandes temas. Evangelismo, 151.
  • Os pastores não têm de modo algum permissão de se conduzir no púlpito como os atores, assumindo atitudes e expressões com fins de mero efeito. Eles não são atores, mas mestres da verdade. Obreiros evangélicos, 172.

Jesus e o Espírito Santo são igualmente mestres da verdade:

Escrevendo sobre as verdades de Deus nas coisas criadas destacamos o seguinte parágrafo:
"Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade." João 16:13. Exclusivamente pelo auxílio daquele Espírito que no princípio "Se movia sobre a face das águas" (Gên. 1:2), pelo auxílio daquela Palavra pela qual "todas as coisas foram feitas" (João 1:3), e daquela "luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (João 1:9), pode o testemunho da ciência ser corretamente interpretado. Apenas sob sua* orientação se podem discernir suas mais profundas verdades. Educação, 134.
*“Sua” no original em inglês = “their” = deles, dois personagens; O Espírito Santo e Jesus.
            Poderíamos multiplicar os exemplos, mas os mencionados acima são suficientes. A própria Bíblia declara que somente o Espírito Santo que “procede de Deus” e  “através do” qual Deus opera pode penetrar os segredos de Deus e revelar suas verdades (I Cor. 2:10 e 12)). Neste texto o Espírito não é o Pai (pois de Deus ‘procede’ e ‘através’ Dele Deus Se revela). Nem é Jesus, pois o Espírito Santo é o ‘outro Consolador’ contra quem a blasfêmia não é tolerada.
“Toda blasfêmia” (inclui aqui o Pai) será perdoada, também contra o Filho será perdoada, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. (Mat. 12:30-32). Desse modo, a passagem, no contexto bíblico admite que SOMENTE o Espírito Santo pode conhecer os segredos de Deus. Excluiria essa declaração a Jesus? Claro que não. Basta considerar o contexto e outras passagens como, por exemplo, Colossenses 2:1-3, onde se declara que “nele [Jesus] estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do entendimento”.
            Como demonstramos pela Bíblia e nos livros de Ellen White, Isaque é único filho. Isso nega que Ismael nasceu primeiro e que Abraão teve outros filhos com Quetura (Gên. 25:1-3)? Claro que não. Respeite-se o contexto. Deus somente faz maravilhas; somente o Espírito Santo é mestre da verdade; somente Jesus deve ser chamado mestre; somente Deus faz maravilhas; apenas o Pai é Deus verdadeiro; somente o Pai é soberano e Rei dos reis e Senhor dos senhores. São declarações, entre outras, que, se lidas sem considerar o contexto imediato e o contexto mais amplo, podem ser usadas para apoiar as piores aberrações doutrinárias. Todas essas palavras são sinônimas, conferem exclusividade, mas não devem servir de desculpa para “enterrar a cabeça na areia” e não enxergar ou jogar anátema em quem mostrar o “outro lado” da questão. Mas, para quem não tem medo da verdade é desnecessário ameaçar com anátemas. Não precisa argumentar torcendo, acusando e nem mentindo, e pior, com ares de santidade. Dando a impressão que foi “iluminado” e “descobriu” uma “nova luz” que “os pastores estão escondendo”. A verdade está clara, mas para quem quiser ver.
Finalmente, O Espírito é um dom de Cristo. O autor do “TEXTOS ADULTERADOS” alega que ser um dom é ser uma coisa, não ser um pessoa. Puro engano. Assim como Cristo é um dom do Pai e não é o Pai, o Espírito Santo é um dom de Cristo e não é Cristo. Ambos, porém, são pessoas. “Cristo enviou Seu representante, a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Nada podia superar esse Dom.” Meditações matinais, 2002, 300. (Trindade aqui é uma correta tradução de Godhead = Divindade; Deus em três pessoas conforme veremos pelo Dicionário Webster adiante).
O fato de a Terceira Pessoa ser um dom (inglês gift) não a iguala a uma energia ou poder impessoal. Jesus é um dom e isso não faz dele uma força impessoal. A palavra dom apenas significa doação, dádiva, presente. Jesus é o maior dom de Deus ao mundo. João 3:16. DTN, 565 (538, edição antiga); Mente, Caráter e Personalidade, 401; Meditações Matinais, 1983, 195. Jesus – o maior dom voltou ao céu e o Espírito Santo o dom “que nada podia superar” veio ficar no lugar dele.
Se usássemos o raciocínio do “TEXTOS ADULTERADOS” certamente deixaríamos de crer no que a Bíblia diz imaginando contradição a cada verso. Mas, se considerarmos o contexto (que ele alega considerar mas falha em faze-lo!), entenderemos a mensagem bíblica sem problemas. Basta saber ler.
Assim, o Espírito Santo é uma PESSOA COMO DEUS É UMA PESSOA E, ESTE ESPÍRITO, CONHECE TODOS OS SEGREDOS DE DEUS, DO MESMO MODO QUE JESUS É UMA PESSOA IGUAL A DEUS E CONHECE TODOS OS SEGREDOS DE DEUS.
Passemos ao segundo texto “interpretado” pelo “TEXTOS ADULTERADOS”:

TEXTO II
 “There are three living persons of the heavenly trio; in the name of these three great powers – the Father, the Son, and the Holy Spirit...” Evangelism, 615.

Tradução no livro Evangelismo, 615, em português: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados...”

1.      O autor alega que a palavra aqui é trio e não trindade como se isso ajudasse seu argumento. A palavra trindade, no entanto, é um termo teológico mais técnico do que trio. Trindade refere-se a três pessoas na unidade de uma só divindade. Trio, por outro lado, dá ênfase específica ao fato de serem três pessoas distintas. Não há trio de dois como o adversário da Trindade tenta provar!
2.      Outro argumento ingênuo é se iludir com a idéia de que trocando a palavra “persons” por “personalities” indicaria que a terceira pessoa não é uma pessoa. Atestado de total desinformação. “Pessoa” é, aqui, sinônimo de “personalidade”. Dizer: “Há três pessoas vivas” ou dizer que “há três personalidades vivas” dá no mesmo. Leia-se o dicionário: Pessoa = personalidade, que tem personalidade; personalidade = qualidade de uma pessoa; pessoa. Por outro lado, insistir que a palavra personalidade quer dizer que apenas o Pai e Filho mencionados no texto são pessoas menos o Espírito Santo revela que o autor é incapaz de entender o texto. Essa deficiência escolar do autor se demonstra repetidamente como vimos e, lamentavelmente, veremos mais adiante.
3.      Outro argumento simplório é alegar a falta do artigo “the” antes de “three living persons” para querer dizer, suponho, que assim as três pessoas se tornariam duas! Na realidade ele nem disse, explicitamente, para que mencionou tal detalhe. Talvez nem saiba que isso não influencia em nada a questão. Dizer: “vi três pessoas” e dizer: “vi as três pessoas” não interfere com o número e nem a qualidade das pessoas enquanto pessoas. Por outro lado, Ellen White diz muitas vezes DE FORMA DIRETA que o Espírito Santo é uma pessoa DIVINA distinta do Pai e do Filho E IGUAL a ambos.
4.      O texto não diz que são três deuses, como supõe o autor, mas três pessoas em um nome. Três pessoas – uma só divindade. Godhead, segundo o Dicionários Webster é “Divindade, qualidade de Deus e Deus especialmente como três pessoas”. Não há erro. O Espírito Santo é tão divino quanto o Pai e o Filho no TRIO celestial.
5.       Verdadeira aberração é a “paráfrase” feita pelo autor do confuso trabalho “TEXTOS ADULTERADOS”. Pelo menos ele imagina que esteja fazendo uma paráfrase honesta, assim demonstrando não entender o significado dos termos que usa. Comparem e pasmem:
a)            O texto: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados...”
b)           Uma das tais “paráfrases” do texto acima: “O Espírito Santo de Deus e de Cristo, agindo em e através dos anjos ministradores, representa a plenitude do caráter e poder do Pai e do Filho (natureza divina), após o Filho ter ascendido ao Céu.”
         Seria isso uma paráfrase do texto?
·         O Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete, vol. 4, 3713, Delta, 1958, dá-nos dois sentidos básicos para o termo “paráfrase”; o primeiro sentido é: “explicação desenvolvida do texto de um livro ou documento, mantendo as idéias do original.” (grifo nosso). O segundo sentido é: “Interpretação maligna.” Como a tal paráfrase não mantém a idéia original, distorce a verdadeira doutrina e foge da verdade do texto, resta o sentido pertinente para aquilo que o autor do “TEXTOS ADULTERADOS”  chama de paráfrase. É uma paráfrase, porém, no sentido de uma “interpretação maligna” do texto, como diz o dicionário.
Muitos aspectos ainda poderiam ser abordados. Creio serem estes suficientes para demonstrar a fragilidade da interpretação. Portanto, se o texto está correto independente das “observações” do opositor da verdade, então devemos aceitar sua clara mensagem de que são TRÊS AS PESSOAS VIVAS NO TRIO CELESTIAL: O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO.

TEXTO III

Texto: "The Godhead was stirred with pity for the race, and the Father, the Son, and the Holy Spirit gave themselves to the working out of the plan of redemption... Counsels on Health, pág. 222
Tradução: “A Divindade se encheu de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho, e o Espírito Santo deram a Si mesmos para o trabalho do plano da redenção.”

1.      O texto é claro: a Divindade é (no singular, um só Deus) composta do Pai, Filho e Espírito Santo que deram a si mesmos para executar o plano da salvação.
2.      Este texto já refuta a pretensão de excluir o Espírito Santo de participar dos “propósitos do Pai”. Os Três participaram e executaram o plano da salvação.
3.      Infelizmente o autor nos constrange a destacar sua limitação. Ele insiste (é vergonhoso apresentar esse argumento) por várias páginas da sua “pesquisa” que o fato de a publicação em inglês trazer o termo “Themselves” com letra “T” maiúscula e a tradução portuguesa “Si mesmos” com “S” maiúsculo estaria, por esta razão, querendo dizer que são “três deuses”. Não seriam três, segundo ele, mas dois, se as iniciais fossem minúsculas! As iniciais operam (na imaginação fértil do autor) uma aberração matemática: letra maiúscula seria igual a três. Letra minúscula e os três se transformariam em dois! Como qualquer estudante do nível fundamental sabe, isso não influencia em nada. Repetindo: segundo o argumento, se o “t”  de “themselves” for minúsculo e o “s” de “si mesmo” for também minúsculo, isso indicaria que a divindade (trio) seria composta de apenas dois deuses  (Pai e o Filho). Absurdo ao quadrado:
a)      O texto com ou sem maiúsculas não fala, nem de longe, de três deuses. Fala que “a Divindade” (singular) “se encheu” (singular) de compaixão (portanto um só Deus) e, deram-se o Pai, o Filho e o Espírito Santo para a obra da salvação. Um só Deus e três pessoas. Esta é a doutrina do texto em questão e também da Bíblia.
b)      Combatendo o que ele imagina serem três deuses (o que não existe no texto) ele opta por uma versão econômica de politeísmo: dois deuses (O Pai e Jesus = biteísmo) e o confessa no seu próprio texto.
4.      Alertamos o autor do “TEXTOS ADULTERADOS” que o uso de letras maiúsculas em referências a Deus é feito simplesmente como demonstração de reverência. No caso em questão em nada altera o sentido, como só ocorre na fantasia do autor.
5.      Se este texto, como os demais (ele admite), é confiável (retirando-se as observações improcedentes do autor), resta apenas aceitar o que está dito: a Divindade é composta de três personalidades (a mesma coisa que “pessoas”). Elas são: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

TEXTO IV

As considerações sobre a palavra “Godhead” feitas pelo “TEXTOS ADULTERADOS”.

1.      Ele declara que a palavra “Godhead”, usada por Ellen White, é traduzida do grego “divindade”. Se o autor não sabe ler português direito e assassina o inglês, imagine se metendo com grego! Na verdade Ellen White ao falar de divindade não vincula o seu significado ao grego.
2.      O correto é buscar o significado de “Godhead” em inglês e no contexto de Ellen White para entender a mensagem dela. Grego se usa quando se analisa textos que no original foram produzidos em grego. Estuda-se um autor, dentro do seu idioma original e não de outro. A não ser que Ellen White estivesse analisando a palavra dentro do seu sentido em grego. MAS ESTE NÃO É O CASO. Assim, Godhead em inglês, neste texto, nada tem a ver com a língua grega. Godhead significa “divindade”, “qualidade de Deus e Deus especialmente em três pessoas”. (Webster)
  • Será que a palavra inglesa Godhead pode ser traduzida como trindade? Dois exemplos:
a)      Godhead. 1. divine nature and essence:DIVINITY; 2. a: GOD; b: The nature of God esp. as existing in three persons.”  Webster’s New Ninth Collegiate Dictionary. Massachussetts, USA, Merrian-Webster, 1987. 525. (grifo nosso).
Tradução: Godhead. 1. natureza divina e essência:DIVINDADE. 2. a: DEUS; b: A natureza de Deus especialmente como existindo em três pessoas.”

b)      “Godhead. 1. The quality or state of being devine: DEITY (…). 2. a: GOD, DEITY. (…); b: The nature of God esp. when regarded as triune: TRINITY (The external relations within the Godhead itself) (…).” (grifo nosso). Webster’s Third New International Dictionary of the Englhish Language Unabridged. Vol. I, USA, Encyclopaedia Britannica Inc., 1986. 973.

Tradução: 1. A qualidade ou condição de ser divino: DEIDADE (...) 2. a: DEUS, DEIDADE. (...); b: A natureza de Deus especialmente quando considerado como triuno: TRINDADE (As relações externas dentro da própria Godhead)
3.      Mas, verifiquemos ao menos se todas as citações para “divindade” mencionadas pelo “TEXTOS ADULTERADOS” se referem “primariamente à pessoa do Pai”, como declara seu autor.
a)              Atos 17:29 – Ao ler todo o texto percebe-se que ele trata de Deus (Theos) sem nenhuma referência ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo. É uma referência a Deus sem especificar que pessoa está em foco. No verso 31 estaria a salvação do argumento do “TEXTOS ADULTERADOS”, mas lá, conclui o autor de Atos, dizendo que Deus (subtendido a divindade como traduz o próprio “TEXTOS ADULTERADOS”) enviou um varão. É uma referência a Deus na divindade e não a uma pessoa em especial (o Pai). Deus, no dizer de Ellen White, deu-se na pessoa do Pai, Filho e Espírito Santo. No texto de Atos 17:29 está destacado que Deus (a Divindade) “enviou um varão” que pode ser uma referência à própria Trindade (Divindade).
b)              Rom. 1:7, 8, 19 e 20 – Verso 7 – refere-se à divindade (theion) de forma genérica. Verso 8 – Não é o termo divindade mas (theos) Deus. Verso 19 – também não é o termo “divindade” mas theou (Deus). Verso 20 – aparece theiotes (divindade) mas não se refere ao Pai e nem ao menos tem um verso que pudesse sugerir isso como em Atos 17:29.
c)              Col. 2:9 – a palavra no verso é theotetos (divindade), mas está tratando da qualidade de Deus e não do Pai em si. A referência primária neste verso é a Jesus “no qual habita, corporalmente, toda plenitude da divindade”. Jesus possui a natureza divina plena. Ele é o centro do texto. O texto não fala de derivação de divindade do Pai. Errou mais uma vez o “TEXTOS ADULTERADOS”.
d)             Mas, suponhamos que se referissem tais textos ao Pai. Provaria isso algo contra a Trindade ou contra a personalidade do Espírito Santo? Não. Estariam, por acaso, esses textos sendo analisados sob a ótica do grego por Ellen White? Também não.Tudo o que se fez ao citar o grego foi barulho sem conteúdo e indicar textos que não leu ou não entendeu direito.
3. Mais interpretações erradas:
a) Será que quando a Bíblia diz que Deus é a cabeça de Cristo significa que Jesus recebe divindade derivada do Pai, pois “herdou”, segundo o texto, divindade do Pai?  Não. O texto bíblico nada trata de transmissão de divindade. O seu sentido é outro: estabelecer o plano de Deus na ordem da igreja e no plano da salvação, no qual Cristo se tornou a cabeça da humanidade, e, assim, o seu segundo Adão. Ele é, ao mesmo tempo, Deus supremo e homem submisso. Nada com transferência de divindade do Pai para o Filho.
b) O autor tomou textos que falam de ações dos anjos ao cooperarem com o plano da salvação para inferir que, por fazerem obra compartilhada com o Espírito Santo, os anjos seriam veículos do poder de Deus, e isso seria o Espírito Santo, o ministério dos anjos. Aí, ele constrói essa idéia de um malabarismo nos textos do livro A Verdade Sobre os Anjos (tratando da obra dos anjos) e emenda (pela semelhança dessa obra angelical) com a descrição do Desejado de Todas as Nações (que trata da obra do Espírito Santo), então adiciona Hebreus 1:14 (que fala da obra dos anjos como espíritos ministradores) e torna a costurar com João 14:26 e 15:26, 17 (que trata do outro Consolador que viria substituir Jesus convencendo do pecado, etc.) e daí constrói seu Frankstein doutrinário. Conclui (ele), com ares de gênio, que se as obras se parecem e se os anjos são chamados de “espírito”, então o Espírito seria o ministério dos anjos. Mas, e quando a Bíblia e Ellen White dizem que os homens também levam luz, convencem pecadores, convencem da verdade, levam a salvação, resistem às trevas e aos anjos maus, seriam os homens também o próprio Espírito Santo?
c) E, o que fazer com todas dezenas de textos (Bíblia e Espírito de Profecia) que diretamente dizem que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade? Se for uma pessoa, a terceira, já não é o Pai e nem o filho e nem é uma força, e também não é o Pai ou Filho agindo sob outra forma. Se for uma pessoa não pode ser atuação de anjos ainda que usados por Deus. O crente e nem anjo algum “vira” o Espírito Santo quando Deus os usa.
d) Mais, NÃO HÁ UMA ÚNICA PASSAGEM DIZENDO QUE OS ANJOS SEJAM O ESPÍRITO SANTO, NEM NA BÍBLIA NEM NO ESPÍRITO DE PROFECIA. Apenas as “costuras” de textos fora do contexto, ajuntados pelo artifício primário da semelhança. Por outro lado, há muitos textos declarando a personalidade e divindade do Espírito Santo como uma pessoa à parte do Pai e do Filho.
e) Pior, dizer que em João 14:16 o Consolador significa o trabalho dos anjos (seu ministério seria a terceira pessoa) como portadores de uma força que vem de Cristo e de Deus é simplesmente torcer o que Jesus está dizendo.
Portanto, o Espírito Santo é a TERCEIRA PESSOA NA PLENITUDE DA DIVINDADE (Godhead = qualidade de Deus, Divindade, Deus em três pessoas, conforme o dicionário já citado).
           
TEXTO V


Texto: “Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of the third person of the Godhead, who would come with no modified energy, but in the fullness of divine power.” Desire of Ages, 671


Tradução: “O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia modificada, mas na plenitude do divino poder”.

1.      Mais um texto claro que ensina a doutrina da Trindade: Não são os anjos agindo sob um poder divino. É uma terceira pessoa da divindade. Há a primeira, a segunda e, então, a terceira.  Depois essa Pessoa tem a plenitude da divindade (como Jesus em Col. 2:9). Essa terceira pessoa é tudo o que Deus é. Claríssimo.
2.      Vamos, agora, aos infantis argumentos para torcer o claro texto:
a)      Novamente o “argumento da letra maiúscula” que, não influencia em nada o sentido do texto. É ridículo, mas vou repetir o “argumento”: como “Terceira Pessoa” está com as letras iniciais “maiúsculas”, isso estaria dizendo que os três são pessoas e que o Espírito Santo é uma Terceira Pessoa formando, assim, uma Trindade. Mas se as letras iniciais fossem minúsculas somente dois seriam pessoas. Pois bem, saiba que neste caso, como nos outros, o “argumento da letra maiúscula” é inócuo, inválido. Com letra maiúscula ou minúscula o sentido é o mesmo: há três pessoas. Assim, por uma questão de honestidade somos levados a aceitar, que a doutrina exposta na Bíblia e no Espírito de Profecia é a doutrina da Trindade, pois o mesmo sentido na letra maiúscula é o da letra minúscula.
b)      Como os textos aqui citados são usados como corretos com exceção das letras maiúsculas, e, como as letras maiúsculas não afetam o sentido da Terceira Pessoa da Divindade como sendo o Espírito Santo, o próprio autor decreta, assim, a falência de sua doutrina.

Concluímos que o material do autor do “TEXTOS ADULTERADOS” erra por falta de fundamentos contextuais, gramaticais, seja no inglês, grego ou português. Sua doutrina se baseia em imaginações. É um amontoado de textos relacionados sem se considerar o contexto. Sua definição de quem seja o Espírito Santo é confusa, indefinida, anti-bíblica e contrária aos ensinos contidos nos livros de Ellen White, muito usados na IASD como referencial para confirmação doutrinária dos nossos pioneiros.
Percebemos, também, um tom acusatório contra a igreja. Da mágoa nasce a distorção doutrinária. A indisposição com o ensino floresce na indisposição com as pessoas. Oramos para que a sanidade volte a reinar nas mentes dos que acolhem tais ensinos e atitudes. Que o Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, ilumine o seu povo para não ir após erros tão grosseiros.

Demóstenes Neves da Silva

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