terça-feira, 29 de abril de 2014

Desenvolvimento gradual da doutrina da Trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia: uma análise nos registros iniciais da Review and Herald e da Revista Adventista



 Este é um artigo que se assemelha em muito ao artigo publicado neste mesmo blog com o tíitulo: "Os Adventistas e a Trindade: Como criam os pioneiros?". Ele foi produzido e publicado pelo Matheus Cardoso na revista Kerigma (Matheus A. Cardoso, "A Doutrina da Trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia (1890-1915)": www.kerygma.unasp-ec.edu.br). Usando o texto do Matheus, Michelson Borges produziu este power point que está disponível em seu ótimo site: http://www.criacionismo.com.br
De todos os materiais que já estudei sobre a Trindade entre os pioneiros, achei este o mais interessante. Espero que vocês leiam e tirem suas dúvidas. 

INTRODUÇÃO

Há uma crescente onda de ceticismo na atualidade quanto à doutrina bíblica da Trindade. Indivíduos, mesmo no seio Adventista, na maioria dos casos (para não ser generalista) com uma experiência mal resolvida com Deus e com a igreja, se levantam como “portadores de uma nova luz”, devendo esta ser proclamada a todos. A nova luz que julgam possuir é de que a Trindade não é uma doutrina bíblica, sendo, portanto, um dogma da igreja Católica Apostólica Romana. Geralmente se dividem em dois grupos: os que aceitam a divindade de Cristo negando a pessoalidade do Espírito Santo (pois ninguém nega a do Pai), crendo, assim, numa espécie “bindade” e, os que aceitam apenas o Pai como divino rejeitando o Filho e o Espírito Santo (estes são pelo menos mais coerentes).



Entrando no assunto



Um dos argumentos básicos para a sustentabilidade de tal heresia e que se tem mostrado uma falácia é o de que os pioneiros adventistas não criam nesta doutrina. Tal afirmação é verdadeira e falsa: verdadeira porque alguns pioneiros realmente, nos primórdios da igreja, não criam na doutrina que ora se analisa e falso porque este mesmo grupo, com o avançar do conhecimento, mudou de posicionamento. Também é falsa a afirmação, porque nem todos os pioneiros eram contrários à Trindade.

É válido ressaltar que a rejeição da Trindade por alguns pioneiros não se deu em si pela doutrina, mas pela forma como a igreja romana e protestante a apresentavam na época, conforme bem expressa J. N. Loughborough: A doutrina “é contrária às Escrituras. Em quase qualquer texto do Novo Testamento que lermos, fala-se sobre o Pai e o Filho, apresentando-Os como duas pessoas distintas ... O capítulo 17 de João já é suficiente para refutar a doutrina da Trindade. Mais de quarenta vezes em apenas um capítulo Cristo fala de seu Pai como uma pessoa distinta de si mesmo.”[1] Numa análise simples, nota-se que J. N. Loughborough estava falando acerca da distorcida visão de que Jesus e o Pai eram um e o mesmo ser, conforme mostram as ilustrações abaixo[2]:






Qualquer ser inteligente e conhecedor da Bíblia negaria tal conceito de Trindade. Reforçando a ideia de que o que alguns pioneiros combatiam era o conceito errôneo acerca da Trindade, segue-se a afirmação de Sarah Haselton: “A doutrina chamada Trindade afirma que Deus é sem forma ou partes; e que o Pai, o Filho e o Espírito Santo, os três são apenas uma pessoa.”[3] Este conceito de Trindade os pioneiros realmente jamais deveriam ter aceitado e, não é assim que a Igreja Adventista creu ou crê. O comentário de A.C. Bourdeau confirma ainda mais esta visão:
“Que Deus é um Espírito infinito e eterno, sem pessoa, corpo, aparência ou partes; está presente em toda parte e em nenhum lugar; ou está em toda parte em toda parte como um Espírito e em lugar algum como um ser tangível. Pergunto: isso não torna Deus quase um mero nada? Examinemos brevemente esses pontos à luz das Escrituras. É mostrado claramente: 1. Que Deus é uma inteligência material e organizada, possuindo corpo e partes. 2. Que Jesus é o Filho de Deus. Ele não é Seu próprio filho, nem Seu próprio pai, e é um ser distinto de Deus, o Pai.”[4]

O conceito de Trindade encontrado nos Escritos da senhora White jamais se assemelham ao conceito errôneo vigente em seus tempos, ela diz: “Cumpre-nos cooperar com os três poderes mais alto no Céu- o Pai, o Filho e o Espírito Santo - e esses poderes operarão por meio de nós, fazendo-nos coobreiros de Deus.”[5] Ela ainda afirma:  “Aqui estão as três personalidades vivas do trio celestial, nas quais cada alma arrependida dos seus pecados, recebe Cristo por fé viva, para aqueles que são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.”[6] Segue-se uma imagem do texto original, para que não reste dúvidas quanto a sua autenticidade.






            Os que atacam a doutrina bíblica da Trindade se sustentam em dois pontos principais: 1. Como não podem negar a pessoalidade de Cristo, negam-lhe a divindade. 2. Como não podem negar a divindade do Espírito Santo, negam-lhe a pessoalidade. Entretanto, tanto a divindade de Cristo, quanto a pessoalidade do Espírito Santo são encontradas nas Escrituras Sagradas e nos escritos do espírito de profecia. Veja-se os exemplos a seguir nos escritos de Ellen G. White acerca da divindade de Jesus: “Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai.[7]. Ao comentar a ressurreição de Lázaro, vem outra afirmação inesperada: “Em Cristo há vida, original, não emprestada, não derivada[8]. Mais na frente ela diz: “O Salvador veio da sepultura pela vida que havia em Si mesmo.[9] Tais declarações não precisam de exegese para o entendimento, são bastante claras e suficientes em si.
            Quanto à pessoalidade do Espírito Santo, de igual modo os textos são irrefutáveis: 

O poder do mal se estivera fortalecendo por séculos, e alarmante era a submissão dos homens a esse cativeiro satânico. Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Divindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder. É o Espírito que torna eficaz o que foi realizado pelo Redentor do mundo. É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele torna-se o crente participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja.[10] (grifo nosso)

            E mais ainda: 

Antes disto o Espírito havia estado no mundo; desde o próprio início da obra de redenção Ele estivera atuando no coração dos homens. Mas enquanto Cristo estava na Terra, os discípulos não tinham desejado nenhum outro auxiliador. Não seria senão depois que fossem privados de Sua presença, que experimentariam a necessidade do Espírito, e então Ele havia de vir.
O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despojado da personalidade humana, e dela independente. Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em toda parte em pessoa. Era, portanto, do interesse deles que fosse para o Pai, e enviasse o Espírito como Seu sucessor na Terra. Ninguém poderia ter então vantagem devido a sua situação ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito, o Salvador seria acessível a todos. Nesse sentido, estaria mais perto deles do que se não subisse ao alto.[11] (grifo nosso)


            Poderia se afirmar que o principal divisor de águas, ou melhor, que o marco para uma abordagem mais segura em relação à Trindade se deu com a publicação do livro “O Desejado de Todas as Nações”, que, sem dúvida alguma, clarificou o entendimento sobre o assunto e deu um solo firme para o desenvolvimento da doutrina na igreja.
            Mesmo com as declarações acima do livro O Desejado de Todas as Nações, alguns afirmam que o Espírito seja o próprio Jesus. Ora, o representante não pode ser o representado. Aquele que envia não é o mesmo enviado. Não se chega um cartório fara representar a si mesmo. Cristo envia Seu Espírito, isto exclui a possibilidade de ser a mesma pessoa. Vê-se também que mesmo sendo chamado apenas como Espírito ou Consolador, não trata-se de um vento, uma força ou apenas um poder, mas de uma pessoa: “Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Divindade, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder”. Quando a prova é tão irrefutável a única saída por aqueles que não admitem estar errados é afirmar que o texto foi adulterado. Por isso é importante ver uma página original dos escritos da senhora White contendo tal afirmação, de que o Espírito Santo é uma pessoa: 


             É comum encontrar entre os que se desviam da IASD por rejeitarem a Trindade o argumento de que seguem os pioneiros, pois os mesmos não eram trinitarianos, como mencionado no início deste artigo. Uma análise, entretanto, mais profunda das declarações contidas em diversas literaturas da IASD revelará que este argumento é bastante pueril. Houve um crescente entendimento sobre o assunto. A princípio não havia uma compreensão clara como nota-se na declaração de Waggoner na Review and Herald[12] do ano de 1875: “Há uma questão que tem sido muito controvertida no mundo teológico sobre a qual nunca temos presumido entrar. É da personalidade do Espírito de Deus.”[13]
 

 
 

            É de igual modo comum o argumento de que até a década de 1940 os batismos na IASD eram feitos apenas em nome de Jesus e não conforme a ordenança prescrita em Mateus 28:19. Este é mais um argumento pueril e sem qualquer comprovação histórica. Numa simples análises da Review and Herald fica claro não ser esta a maneira como eram feitos os batismos, como bem afirma Thiago White: “O batismo é uma ordenança perpétua na igreja, e os ministros do século XIX batizam ‘em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’, porque a comissão original exige. Os termos da salvação declarados nesta comissão deveriam ser realizados fora enquanto os pecadores pudessem ser salvos.”




             Ainda sobre este assunto, é interessante notar como eram as instruções para realização de um batismo já no ano de 1883. Na sessão da Review and Herald com o subtítulo “Church Manual” (Manual da Igreja) está assim: 

 Quando o momento adequado foi finalmente alcançado, o ministro deve levar o candidato devagar e solenemente para o local onde ele se propõe batizá-lo. ... Tendo chegado ao local desejado, o administrador deve ter uma firmeza do candidato, proferindo as seguintes palavras: meu irmão, (ou irmã), agora eu te batizo em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Adequando a ação à palavra, ele deve lentamente, mover o corpo do candidato em uma direção para trás até que a cabeça toque a água, em seguida, por um movimento súbito, o candidato deve ser mergulhado abaixo da superfície a uma profundidade suficiente para cobrir cada parte de sua pessoa com a água. Feito isto, ele deve ser levantado para a posição de pé novamente. Assim como ele emerge da água, é habitual para o administrador pronunciar a palavra "Amém".[14]





            Mais evidente e nítido se torna o crescimento da visão dos pioneiros quanto à Trindade nestas afirmações encontradas na Review and Herald de 1898, escritas por R. A. Underwood, com o título “The Holy Spirit a Person” (O Espírito Santo uma Pessoa)[15]:

Espírito é o representante pessoal de Cristo no campo, e Ele é carregado com o trabalho de conhecer Satanás e derrotar este inimigo pessoal de Deus e Seu governo.
Parece estranho para mim, agora, que eu sempre acreditei que o Espírito Santo era apenas uma influência, tendo em vista o trabalho que ele faz. Mas nós queremos a verdade porque é verdade, e nós rejeitamos o erro porque ele é o erro, independentemente de quaisquer visões que mantivemos anteriormente, ou qualquer dificuldade que tivemos, ou podemos ter, quando vemos o Espírito Santo como uma pessoa. A luz é semeada para o justo.
O esquema de Satanás é destruir toda a fé na personalidade da Divindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo, – também em sua própria personalidade...






 
            É bem perceptível também que após uma compreensão mais aclarada acerca da Trindade, este assunto passou a ser bastante explorado nas literaturas da igreja. A seguir uma sequência de textos publicados por M. E. Steward no volume 87 da Review and Rehald, números 50, 51 e 52 que datam respectivamente de 15, 22 e 29 de Dezembro de 1910. O primeiro artigo intitulado “The Divine Godhead: God, the Father”[16] (A Divina Divindade: Deus, o Pai) começa com a declaração de I João 5:7: “Há três seres na Divindade: Deus, o Pai, Jesus Cristo, a Palavra e o Espírito Santo. Estes três são um.” Não é intenção desse artigo discutir a autenticidade desta passagem, apenas mostrar que a compreensão dos pioneiros quanto a este assunto foi gradual e crescente. O segundo artigo é intitulado “The Second Person of the Godhead – Jesus Christ”[17] (A Segunda Pessoa da Divindade – Jesus Cristo) e traz as seguintes afirmações: 

Cristo tinha uma existência, antes de vir à Terra .
1. “Ele tinha glória com o Pai "antes que o mundo existisse.” João 17 : 5.
2. "No princípio era o Verbo , e o Verbo estava com Deus , e o Verbo era Deus. "O Verbo se fez carne e habitou entre nós . " John 1: 1, 14 .
3. Cristo estava com os israelitas no deserto. I Coríntios. 10: 4 , 9 . Jesus Cristo uniu a humanidade à divindade.
I. "Grande é o mistério da piedade: Deus foi manifestado na carne. " I Tm.03:16.

            O terceiro artigo tem como título “The Third Person of the Godhead – the Holy Spirit”[18] (A Terceira Pessoa da Divindade – O Espírito Santo). Neste artigo é afirmado que o Espírito é “o representande de Cristo” e “por isso, o Espírito Santo é o direto agente no cumprimento de todos os propósitos e promessas divinos na obra da salvação do homem. E, como representante de Cristo, aquele que aceita a Cristo tem o dom de do Espírito Santo.” Segue-se as imagens originais das declarações citadas acima, apenas para fins comprobatórios:











            No ano de 1913 a Review trouxe uma edição especial com relatos dos avanços do evangelho em todo o mundo. Entretanto, ao meio da revista com um subtítulo “Mensagem para hoje” há a seguinte declaração, que será seguida da imagem original correspondente: 


Para o benefício daqueles que podem desejar saber mais particularmente as características fundamentais da fé mantida por esta denominação, nós referiremos que os Adventistas do Sétimo Dia creem... Na Trindade divina. Essa Trindade consiste do eterno Pai, um ser espiritual pessoal, onipotente, onisciente, infinito em poder, sabedoria e amor; do Senhor Jesus Cristo, o Filho do eterno Pai, por quem todas as coisas foram criadas, e através de quem a salvação das hostes redimidas será realizada; do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, o regenerador agência em a obra da redenção.[19] (grifo nosso)





           Alguns indivíduos já tiveram a ousadia de afirmar para o autor deste artigo que tais declarações passaram a ocorrer e não houve crítica da senhora White porque a mesma já estava bastante avançada em idade (pois morreu em 1915) e que, portanto, não estava mais acompanhando as supostas entradas de heresias na igreja. Ora, tal afirmação é no mínimo jocosa, prova disso é que nesta mesma revista que foi apresentada acima (do ano de 1913) tem um artigo escrito pela senhora White e, o curioso é que o artigo dela é imediatamente anterior ao artigo que traz a declaração mencionada acima, como se nota nesta imagem:




Análise igualmente interessante pode ser feita desde as primeiras publicações da Revista Adventista aqui no Brasil. Assim como a Review and Herald, todas as edições da revista Adventista podem ser vistas em seu site oficial[20] com a possibilidade de download em PDF de qualquer uma delas. É notório, a partir de uma análise simples, a convicção dos pioneiros aqui do Brasil em relação a esta doutrina. A seguir alguns exemplos das declarações expressas em algumas edições da Revista Adventista:




Na edição de Julho de 1920 encontra-se uma declaração das crenças fundamentais Adventistas:











CONCLUSÃO

Pelo que se nota com clarividência, o assunto da Trindade não foi introduzido na igreja a partir da década de 1940 como alguns intentam. Mas a compreensão gradual dos pioneiros é evidenciada ao longo das edições das literaturas eclesiásticas, em especial (como mostrou este artigo), nas edições da Review and Herald e da Revista Adventista aqui no Brasil. Portanto, qualquer tentativa contrária ao ensino da Trindade, tomando-se como base o argumento de que os pioneiros não aceitavam esta doutrina, carece de um estudo sério e abalizado tanto na História da Igreja quanto em sua literatura. Proceder desta maneira é evidenciar total ignorância e carência informacional acerca do assunto, o que torna os argumentos dos proponentes de tais alegações, pueris e reducionistas.


[1] Review and Herald, 5 de Novembro de 1861, vol. 18, n. 23,  p. 184.
[3] Review and Herald, 10 de Julho de 1856, vol. 8, n. 11, p. 87.
[4] Review and Herald, 8 de Junho de 1869, vol. 23, n. 24, p. 185, 186.
[5]  Citação extraída do livro Evangelismo, 616, 617; Manuscrito 20, 1906, p.9
[6] A citação original se encontra em Manuscrito 21, de 9 de janeiro de 1906, escrito em novembro de 1905.
[7] WHITE, Ellen G. O desejado de todas as nações. 22. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004.
[8] Ibid.
[9] Ibid.
[10] WHITE, Ellen G. O desejado de todas as nações. 22. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004.
[11] Ibid.

[12] Todas as edições da Review and Herald podem ser vistas no site: http://docs.adventistarchives.org//documents.asp?q=documents.asp&CatID=27&SortBy=1&ShowDateOrder=True.
[13] Review and Herald, 23 de Setembro de 1875, vol. 46, n. 12, p. 89.
[14] Review and Herald, 21 de Agosto de 1883, vol. 60, n. 34, p. 538.

[15] Review and Herald, 17 de Maio de 1898, vol. 75, n. 20, p. 310.
[16] Review and Herald, 15 de Dezembro de 1910, vol. 87, n. 50, p. 8.
[17] Review and Herald, 22 de Dezembro de 1910, vol. 87, n. 51, p. 5.
[18] Review and Herald, 29 de Dezembro de 1910, vol. 87, n. 52, p. 4.

[19] Review and Herald, 9 de Outubro de 1913, vol. 90, n. 41, p. 21.

[20] www.revistaadventista.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário